“Raízes da Mudança: O Despertar da consciência de unidade”
O dia amanheceu quente na aldeia, e o sol, alto no céu, parecia lembrar a todos da importância daquele 5 de Junho. Lá em casa, o Dia Mundial do Meio Ambiente começou diferente, reflectindo o tema deste ano: “acelerar o restauro da terra, a resiliência à seca e à desertificação”.
Desde 1974, essa data é importante para nós, um lembrete de nossa relação com a terra. Foi em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, que o mundo deu uma reviravolta na política ambiental, estabelecendo o Dia Mundial do Meio Ambiente. Lembro-me das histórias dos mais velhos sobre a Resolução da ONU, que instituiu o 5 de Junho como um dia para reafirmar nosso compromisso com a natureza. Imaginem só, pela primeira vez, nações se reuniram para discutir algo que não fosse guerra ou economia, mas sim o nosso planeta.
Naquela manhã, minha filha, Tsakane, apareceu com um vaso de plantas e um sorriso no rosto. “Pai, hoje é o dia do meio ambiente. Vamos fazer algo especial?” Decidimos plantar. Enquanto preparávamos a terra, falamos sobre crises como mudanças climáticas e poluição. Expliquei-lhe que restaurar 15% da terra poderia evitar até 60% das extinções de espécies ameaçadas. Seus olhos brilhavam; plantavámos esperança.
Cada pequena acção conta. Ao enterrarmos as sementes, Tsakane disse: “Pai, cada pequena acção em prol do meio ambiente faz uma grande diferença, não é?” Sorri e assenti. Naquele simples gesto, entendi a profundidade das suas palavras.
O Dia Mundial do Meio Ambiente lembra-nos que somos parte de um todo maior. Nossas acções reverberam. Naquele 5 de Junho, não só plantamos uma horta, mas cultivamos consciência. Celebramos a vida, a conexão com a terra e a certeza de que cada gesto conta. Afinal, cada pequena acção realmente faz uma grande diferença.
Crônicas da Terra
Uma iniciativa da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação, com o objectivo de educar e conscientizar o público sobre questões ambientais.